São Paulo atinge a marca de 25 anos sem casos de raiva humana de origem canina

Vacinação para cães e gatos está disponível durante o ano todo nos  Postos Permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses

O Estado de São Paulo atingiu em abril a marca de 25 anos sem casos de raiva humana de origem canina. Para garantir a continuidade deste resultado, fruto do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Raiva, os cuidados com animais domésticos não podem ser deixados de lado. Para preservar a saúde de cães e gatos, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo distribui a vacina antirrábica para que os municípios realizem a imunização de forma permanente.

A raiva é uma doença infecciosa que não tem cura e pode ser fatal. Mesmo sem registros de casos pela variante canina, o vírus continua circulando por meio de morcegos e manter cães e gatos imunizados garante também a segurança da população.

O médico veterinário Marcelo Moraes explica quais são os sintomas da doença.  “Popularmente no imaginário você pensa numa imagem de um cão ou gato babando com a boca cheia de saliva. Esbranquiçada. Essa é uma das etapas da doença. Na verdade ela apresenta diferentes estágios durante a sua evolução. A primeira é a raiva furiosa. É a primeira fase, com duração de um a quatro dias. Consequência disso é excitação, agressividade, medo, depressão, ansiedade e demência.”

O médico explica que a segunda fase é conhecida como raiva paralítica  “Após a fase furiosa têm-se início a raiva paralítica, na qual se acentuam os sintomas neurológicos, como dificuldade de engolir, salivação, falta de coordenação dos membros e paralisia.”

Além da vacinação dos animais domésticos, os responsáveis pelos pets devem ficar atentos ao contato dos bichos com morcegos. O último registro de animal infectado pela variante canina da doença ocorreu em 1998 e, desde então, todos os casos humanos e de cães e gatos registrados no Estado foram causados por variantes de morcegos.

Na cidade de São Paulo, a vacinação ocorre o ano todo, nos Postos Permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses. O proprietário deve identificar, no comprovante de vacinação, o nome do animal e nº do Registro Geral Animal – RGA. Este comprovante é um documento, atestando a vacinação contra a raiva do seu animal, com validade de um ano e necessário para obtenção do RGA. Para os moradores do Grajaú, o posto permanente mais próximo fica na Rua Cristina Schunck Klein, 23, em Parelheiros, e o atendimento é realizado de segunda à sexta-feira, das 8h às 15 horas. O telefone para agendamento e informações é o 5920-2779.

REPORTAGEM POR ALINE MELO

A Central de Notícias da Rádio PAZ é uma iniciativa do “Projeto Minorias e direitos humanos”.

Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

Informativo: São Paulo atinge a marca de 25 anos sem casos de raiva humana de origem canina