Parlamentar denuncia aumento abusivo do valor do serviço funerário com privatização

Deputado estadual e ex-secretário municipal de serviço de São Paulo, Simão Pedro, critica a concessão dos cemitérios e serviço funerário da capital paulista para iniciativa privada.

No início de março, o serviço funerário de São Paulo fez a concessão de 22 cemitérios e um crematório público para empresas da iniciativa privada. Além da administração desses espaços, a concessão envolve o serviço de contratação de compra de caixões, flores, transporte, velório, enterros, além de todo trabalho administrativo das unidades.
As quatro empresas que assumiram o serviço são: Consolari, Velar, Maia e Cortel. Parlamentares, movimentos populares e sindicais tem denunciado aumento do preço dos serviços após a concessão.
O deputado estadual e ex-secretário municipal de serviços de São Paulo, Simão Pedro, falou sobre o tema em entrevista para a Central de Rádios Comunitárias.
“Eu lamento muito o que aconteceu em São Paulo com a concessão do serviço funerário para essas empresas “papa defunto”, porque na gestão Haddad, nós tiramos o serviço funerário do déficit de R$15 milhões, deixamos superavitário, recuperamos a capacidade de trabalho dos servidores, melhoramos as agências, o crematório, mostrando que é possível o serviço público ser eficiente, sem corrupção com preços adequados a população que precisa do estado nessa área”, afirma ele.
De acordo com o deputado, o processo de sucateamento, de deterioração dos serviços funerários começou com a gestão Dória na prefeitura de São Paulo para depois justificar a privatização.
“Agora com a privatização aumentaram em mais de 400% as taxas de serviço funerário, um absurdo, fora que as empresas já não estão aguentando o abandono e uma infinidade de problemas dos cemitérios que a população e a mídia estão denunciando. Vamos acompanhar isso, e se for o caso, vamos levar ao Ministério Público para rever essa privatização que fizeram com um serviço que é essencial. Essencial porque, ali têm informações sobre a saúde pública. Ou seja, o estado tem que ter controle”, afirma Simão Pedro.
Posição da Prefeitura
A prefeitura de São Paulo afirma que a Concessão trará benefícios para o município. A expectativa da municipalidade era receber quinhentos e trinta e nove milhões de reais em outorgas fixas com a concessão, mas, com o ágio, o montante saltou para seiscentos e quarenta e seis milhões de reais, ou seja, cento e sete milhões a mais para os cofres públicos.

A Central de Notícias da Rádio PAZ é uma iniciativa do Projeto Neutralidade de Todes. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

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