Socióloga indígena fala sobre a necessidade de valorização e demarcação das terras indígenas no Brasil

As matérias sobre a situação de calamidade dos Yanomamis trouxe à tona a questão da demarcação das terras e garantia de direitos dos povos originários no Brasil.

Pagu Rodrigues indígena do povo Fulni-o, socióloga e militante da causa, ressalta a necessidade de garantir a demarcação dos territórios indígenas do Brasil. “Isso é um processo histórico que já vem se estendendo pelo menos desde 1978, quando a Constituição Federal disse que todos os territórios indígenas deveriam ser demarcados”, afirma ela.

Pagu alerta que estamos em 2023 e a maior parte dos territórios indígenas ainda não foi demarcado. Por este motivo, ela afirma não ser um erro afirmar que o genocídio da população indígena está em curso no Brasil e o que acontece com os yanonamis, na região da Amazonia, é só uma amostra de como o genocídio funciona em relação àvida dos indígenas.

Ela explica que genocídio é sempre uma política de estado, uma política orientada pelo estado: “A gente tem observado muito bem o que tem acontecido no Brasil com os Yanomamis, ali é uma política bem evidente de extermínio. Inúmeras foram as denúncias apresentadas. Infelizmente o governo Bolsonaro deu muito pouca atenção. Estamos agora na perspectiva e na luta para que no governo Lula as questões referentes aos Yanomamis, não só sejam revistas e reorganizadas, mas que realmente o povo Yanomami possa ter a liberdade e o direito que eles têm sobre a terra que é originária deles”, afirma Pagu Rodrigues.

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