Lula diz que conta de luz custa três vezes mais para os pobres e defende mudança no modelo de cobrança

O presidente Lula (PT) criticou na sexta-feira (22) os preços da energia vendida no país e chamou a atenção para a desigualdade na cobrança feita a ricos e pobres. Segundo o mandatário, o Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira, estuda uma nova fase de pagamento na conta de luz no país.

De acordo com o presidente, os empresários que estão no mercado livre pagam R$ 260 por megawatt e o povo pobre paga R$ 679. Ou seja, o povo pobre está pagando quase três vezes mais que o povo rico”, ressaltou Lula, ao informar que convocou uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética para se discutir o modelo de tarifa.

“Temos uma tarefa, o Alexandre [Silveira, ministro das Minas e Energia) sabe. A energia brasileira hoje tem uma coisa estúpida. Temos que a energia que é vendida no mercado livre, para empresários, sobretudo grandes empresários, o que é absurdo. Vamos dedicar este ano para tentar mudar [isso]”, emendou.

As declarações do presidente Lula foram dadas durante participação na comemoração de Natal organizada por entidades que representam os catadores, em Brasília, no Distrito Federal. Lula tem histórica relação com o segmento e participa da confraternização desde 2003, primeiro ano em que esteve à frente do Executivo federal. O evento é articulado anualmente pela Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), pelo Movimento Nacional dos Catadores e pela União Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis.

Na ocasião, Lula assinou dois acordos de cooperação e também a cessão oficial de um imóvel da União em prol de trabalhadores do ramo.

O primeiro documento assinado constitui o projeto Conexão Cidadã Pró-Catadores e tem o objetivo de colocar um trailer com a oferta de serviços públicos para atendimento móvel à categoria em cidades apontadas pelo próprio segmento. O governo argumenta que 80% dos trabalhadores da área trabalham nas ruas e não conseguem acessar serviços de Previdência, assistência social e outros.

Já o segundo documento firmado por Lula envolve bancos públicos em ações de inclusão socioeconômica e outras iniciativas destinadas à categoria. Segundo o governo, a primeira tarefa será o lançamento do chamado Cataforte, que deverá abrir um edital voltado à capacitação, à formação e ao assessoramento de grupos de catadores.

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